E essa história de autoestima?

Às vezes temos alguns comportamentos que consideramos inexplicáveis. Por que eu elevo minha voz quando enfrento situações deste tipo? Por que tenho tanta insegurança sobre determinado assunto? Por que não me sinto merecedor(a) deste reconhecimento?

Não é difícil encontrar definições para autoestima na internet. Algumas até bem claras e fáceis de compreender: trata-se do valor que atribuímos a nós mesmos, às vezes positivo e às vezes negativo - e, claro, não necessariamente constante em todos os aspectos. Podemos nos considerar ótimos profissionais e nos mostrarmos confiantes quanto a isso e ao mesmo tempo sentirmos extrema dificuldade em expor uma ideia quando solicitados.

A dificuldade não está em compreender o que é, mas sim em entender como e o por quê.

Como existem pessoas que parecem ter a autoestima tão alta, sempre tão seguras de si, ao passo que outras parecem constantemente autodepreciativas e com dúvidas sobre si mesmas?

A autoestima é fruto de uma história de vida. Como a vida (e pessoas relevantes nela) respondeu às atitudes que você teve influencia como você se comporta hoje - como você expressa sua autoestima. Isso vem sendo construído desde o momento que começamos a interagir com o mundo e continua sendo modificado ao longo da vida, conforme nossas experiências (e pessoas relevantes) vão mudando.

Entretanto, existem alguns aspectos da autoestima que são mais difíceis de serem modificados, uma vez que inconscientemente - e, por vezes, até conscientemente - nos retiramos de algumas situações que nos foram aversivas no passado ou que não tiveram o resultado esperado. Isso diminui nossas oportunidades de alcançar novos resultados e impede que o conceito que formamos de nós mesmos seja também modificado.

Na terapia temos a oportunidade de explorar nossa história e compreender por que fazemos o que fazemos e decidirmos onde podemos melhorar - ou melhor, decidir SE existe algo que de fato QUEREMOS mudar. É na terapia onde podemos aprender a nos valorizar e nos apreciar mais, pois a partir da compreensão das nossas atitudes nos aceitamos melhor e vivemos com mais plenitude.